sábado, 26 de março de 2011

A CONQUISTA DE SANTARÉM

A CONQUISTA DE SANTARÉM

D Afonso Henriques
D. Afonso Hentiques, como bom estratega, ao pensar que ainda não tinha forças suficientes para conquistar Santarém, pensou que um ataque audacioso pudesse ter êxito e, se bem o pensou melhor o fez, conforme descrito nesta narrativa feita de apontamentos de História, tirados no Liceu  ,pela Aluna do 5º Ano, Emília Martins Nunes da Secção de Queluz, do Liceu Nacional de Passos Manuel 1971-1972 – feita por  mim , em Fevereiro de 2009 ,  posteriormente, compilados por mim, num pequeno livro sobre a vida e obra de D. Afonso Henriques, ainda não publicado, do qual partilho este excerto. 

    
CASTELO DE SANTARÉM
   Santarém era uma das mais ricas cidades da margem direita do Tejo, sendo governada por Iabide Ibone Abbe Alah que se aproveitou da revolta contra os Almorávidas para se entender com D. Afonso Henriques, pagando-lhe um tributo como muitos outros governadores já tinham feito.
  Então. mais tarde,  antes que os Almóadas chegassem a Santarém, para tornar impossível o sonho , D.  Afonso Henriques  manda Mem-Ramires sondar a cidade o qual lhe trouxe boas notícias e os  pontos mais acessíveis das muralhas;   Pouco tempo depois, na Primavera de Março de 1147, no dia 10, sai com meia dúzia de homens da cidade de Coimbra que se juntaram aos Templários em Soure.
COIMBRA
Em Soure D. Afonso Henriques manda o moçárabe Martim Moab avisar o Governador de Santarém que, dentro de três dias, quebrava todos os tratados de paz feitos com ele.
SOURE
  No dia 11 de Março Martim Moab estava de volta e daí partiram para Ourém; Daí seguiram para a Serra de Albardos no dia 12, à noitinha, partiram para Pernes tendo chegado no dia 13 de Março  de 1147  ao alvorecer.
PERNES
 Em Pernes D. Afonso Henriques fala aos companheiros e, ao explicar-lhes o que vão fazer, divide-os em grupos de dez homens  e, ao dar  uma escada a cada grupo para subirem as muralhas, dá-lhes ordens para matar quem lhes oferecesse resistência;  Nessa mesma sexta-feira, 14 de Março, os Cónegos Regrantes eram reunidos por S. Teotónio que lhes deu a conhecer todos os planos de  D. Afonso Henriques.    Após a reunião, descalços e, em procissão, entoam em coro, pelos claustros, a Ladainha de Todos os Santos; Uma vez todos reunidos em Pernes os soldados quiseram partir sozinhos, mas o Rei não os deixou, tendo partido todos, já de noite, para Santarém.
 
SANTARÉM – UMA DAS PORTAS DA CIDADE
   Animados por El-Rei tinham mais força e coragem. Desmontaram os cavalos e seguiram com muita atenção pelo fundo do vale que ficava entre Mortinaz e a fonte Alumamal. O primeiro era Mem-Ramires que se preparava para atacar a cidade; Esconderam-se entre os arbustos e vegetação existentes no local, esperando que as sentinelas adormecessem; Quando dormidos, já em sono alto, Mem-Ramires saltou para um telhado rente à muralha onde, atirando uma escada que ficou mal presa, esta acabou por cair, fazendo muito barulho; O resultado foi que os sentinelas ficaram alertados e gritaram “ Traição, Traição dos Nazarenos “, mas Mem-Ramires respondeu-lhes “ Santiago, D. Afonso e Virgem Mãe”-
Entretanto, já tinham subido vinte e cinco homens que se juntaram a Mem-Ramires tendo este dado ordens para matar todos os sentinelas ao mesmo tempo que outros soldados abriam as grandes portas da cidade para que o Rei e os que estavam de fora entrassem; As portas eram muito fortes e o Rei apercebendo-se disso manda para, os de dentro, um malho com o qual partiram por completo as fechaduras e ferrolhos, entrando assim livremente com o resto do seu exército.
   O Rei ao entrar nesta tão grande porta, com os braços erguidos, agradeceu a Deus esta vitória que tinha conseguido tão facilmente.
    Amanhecia, estávamos a 15 de Março de 1147, pelas  ruas escorria  sangue, duma maneira tão intensa, que parecia que se matava ali gado; Com esta extraordinária vitória D. Afonso Henriques engrandecia não só o seu pequeno país, mas também o seu prestígio; Muito agradecido aos Templários que foram grandes colaboradores desta conquista, deu-lhes o governo eclesiástico da cidade e o direito â renda de todas as igrejas.
    D. Afonso Henriques, já na posse de Santarém, sonhava agora com Lisboa, mas esta era uma cidade poderosíssima e por nada se renderia ao pequeno exército que dispunha.

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Imagens do Álbum do Autor e do Google
Março de 2011


                                                                      

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