ORIGEM DE SANTARÉM
Ulisses
Estava eu pensando no 25 de Abril de 1974, quando, na
altura estava a prestar serviço no BES e estava hospedado no Hotel Abidis, em Santarém o
que a história dizia , em relação a este
nome «Abidis» e á cidade, pelo que fui
consultar a Wikipédia
Livre , via Google e, ao fazê-lo, lá me
deparei com esta pérola:
« Abidis
é uma divindade da mitologia dos celtiberos* e o nome de um rei mitológico
relacionado com a cidade portuguesa de Santarém.
Durante a sua Odisseia, Ulisses de Ítaca teria passado por
terras Lusitanas, onde se apaixonou por Calipso,
filha do celtibero Gorgoris, rei dos
Cunetas*1 . Dessa relação teria nascido Abidis,
que o avô teria mandado abandonar e, sendo colocado numa cesta, foi atirado ao rio
Tejo.
A cesta subiu o rio contra a
corrente e foi recolhida por uma loba ou uma cerva na praia de Santarém, que
alimentou e protegeu o príncipe Abidis. Após algumas peripécias, Abidis acabou por ser reconhecido pela mãe Calipso, que o tornou o legítimo
herdeiro do trono, e escolhendo o sítio de Santarém
para capital do reino, ao qual deu o nome de Esca Abidis (o manjar de Abidis), que teria derivado em linguagem
corrente para Scalabis.
No tempo do domínio romano,
Santarém teve o nome de Scalabicastrum, e essa origem permanece na designação
dos habitantes, conhecidos por Escalabitanos.»
Santarém
Esta narrativa vem a propósito de, na noite de 24 para 25 de Abril de 1974 quando o Capitão
Salgueiro Maia se deslocava para o Largo
do Carmo com os seus tanques e tropas, dando início à Revolução dos Cravos, de eu estar hospedado no Hotel
Abidis e , de manhã, após ter tomado o
pequeno almoço, muito embora tivesse
sido apelado na rádio para as pessoas
permanecerem em casa, desloquei-me para Sintra no meu carocha, que ainda hoje está na minha na minha garagem, perdão dele, em estado de concurso, coberto com um resguardo de plástico por causa do pó ( Risos).
O ruído do tráfego citadino e das pessoas tinha desaparecido! E, todo aquele silêncio, associado ao ambiente bucólico da viagem, rodopiava nos meus sentidos que, ainda hoje, não consigo descrever por palavras o que na altura senti. Foi emocionante. Depois, a alegria reconfortante que senti ao chegar a casa e encontrar a minha esposa e filha bem mas senti que, naturalmente , estavam apreensivas.
As pessoas que, depois iam saindo à rua, via-se nelas uma alegria enorme e contagiante nos seus rostos . Depois, lembro-me, porque participámos eu e a minha família, no primeiro 1º de Maio de 1974 da multidão humana que subiu a Alameda Afonso Henriques, em direção ao Estádio 1º de Maio, em que todos se abraçavam, festejando em conjunto a «Liberdade.» Mas depois, ao aparecerem os partidos essa união foi-se desagregando e hoje, infelizmente, chegámos à situação de desânimo em que a maioria do Povo se encontra.
Durante a deslocação ouvi na rádio que os
soldados, com os cravos nas espingardas, bem como os tanques comandados pelo
Capitão Salgueiro Maia, já se encontravam no Largo do Carmo, em Lisboa, tendo
ficado com a impressão que todas as viaturas tinham ficado estacionadas na
garagens.
As estradas estavam completamente livres, quase não vi nenhuma
viatura no caminho até chegar a casa, deveriam ser dez horas da manhã e, quanto a pessoas! Não se via viva alma na
rua.
O ruído do tráfego citadino e das pessoas tinha desaparecido! E, todo aquele silêncio, associado ao ambiente bucólico da viagem, rodopiava nos meus sentidos que, ainda hoje, não consigo descrever por palavras o que na altura senti. Foi emocionante. Depois, a alegria reconfortante que senti ao chegar a casa e encontrar a minha esposa e filha bem mas senti que, naturalmente , estavam apreensivas.
As pessoas que, depois iam saindo à rua, via-se nelas uma alegria enorme e contagiante nos seus rostos . Depois, lembro-me, porque participámos eu e a minha família, no primeiro 1º de Maio de 1974 da multidão humana que subiu a Alameda Afonso Henriques, em direção ao Estádio 1º de Maio, em que todos se abraçavam, festejando em conjunto a «Liberdade.» Mas depois, ao aparecerem os partidos essa união foi-se desagregando e hoje, infelizmente, chegámos à situação de desânimo em que a maioria do Povo se encontra.
Primeiro 1º
de Maio 1974.
Não foi com esta intenção que os
Heróicos Capitães de Abril fizeram a revolução, o próprio Capitão Salgueiro
Maia, numa fase da sua vida, apercebeu-se e deixou esta mensagem lapidar:
« Não se preocupem com o local onde sepultar o meu corpo, preocupem-se
com aqueles que querem sepultar o que ajudei a
construir».
Cito o pensamento de Marco
Aurélio, filósofo e Imperador Romano, 121-180 d.C., só publicado em Zurique, em
1559
,
«Depressa te esquecerás de tudo; depressa todos te esquecerão».
Em relação ao Capitão Salgueiro Maia,
a primeira mensagem já aconteceu, Paz à sua ama, e a segunda, infelizmente está
a acontecer. Em relação ao Povo hoje tem mais Liberdade, mas vê-se já a fome a alastrar e a tristeza estampada nos seus rostos,
principalmente na juventude que vê sem futuro
e nos reformados e pensionistas que ajudaram a edificar este País,
vêem-se, também, agora tratados como
objetos descartáveis e sem confiança no futuro para a sua velhice para a qual
tanto trabalharam. Ver minhas postagens sobre
: «Sobrevivência» e Fontes de Sobrevivência, publicadas no meu Blogue.
Termino com uma parábola verdadeira para reflexão : «Em qualquer pomar, a fruta só provém dos ramos velhos, os ramos novos, só mais tarde, após serem podados, é que adquirem a maturidade suficiente para dar o seu contributo no pomar mas, como não há regra sem «senão», lá aparecem os kiwis, originários da China e dos seus climas «frios» que só dão frutos nos ramos novos!» Pois estes frutinhos, de cor castanha amarelada, até estão protegidos com um pêlo que, se os insetos os procurarem, são logo repelidos, por isso, o dono do pomar não precisa de os curar, porque vivem num mundo à parte dentro do seu pomar!
Termino com uma parábola verdadeira para reflexão : «Em qualquer pomar, a fruta só provém dos ramos velhos, os ramos novos, só mais tarde, após serem podados, é que adquirem a maturidade suficiente para dar o seu contributo no pomar mas, como não há regra sem «senão», lá aparecem os kiwis, originários da China e dos seus climas «frios» que só dão frutos nos ramos novos!» Pois estes frutinhos, de cor castanha amarelada, até estão protegidos com um pêlo que, se os insetos os procurarem, são logo repelidos, por isso, o dono do pomar não precisa de os curar, porque vivem num mundo à parte dentro do seu pomar!
Vá lá a gente perceber os homens e a natureza !
* Nunca tinha ouvido falar de
mitologia do tempo dos Celtiberos; *1 nem que tivesse existido um reino com
este nome, mas, para mim, gostei de efetuar a pesquisa que agora se publica.
Espero, caros leitores, que também gostem e comentem.
Mais uma vez, um Bem-Haja e uma
Santa Páscoa para todos.
Publicado por:
Imagens do Álbum do Autor e de Google
abibliotecaviva.blogspot.pt
19-04-2014
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